quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Depois de vencer o câncer precisamos de reforço emocional para voltar a rotina


O enfrentamento da doença é tão torturante que a vitória acaba ganhando a maior parte da atenção. Mas, mesmo depois de vencer o câncer, a gente continua precisando de cuidados especiais, física e emocionalmente.


Vencer a doença e voltar imediatamente à ativa, no entanto, está longe de ser real. Isso acontece aos poucos , isso porque o sofrimento não vem apenas da doença em si, mas dos próprios tratamentos, normalmente marcados pelos efeitos colaterais. É visivel as sequelas emocionais e mudanças no estilo de viver da gente e da família.

A recuperação total dos efeitos da quimioterapia e radioterapia, por exemplo, leva de três a seis meses, segundo oncologistas. Já a imunidade é normalizada após cerca de um mês livre de quimioterapia ou radioterapia (desde que não haja complicações, como a neutropenia ou queda dos glóbulos brancos. Os exercícios físicos são de grande ajuda nesta fase, porque garantem disposição extra. Só precisam ser leves e feitos sob supervisão.


A ajuda psicológica também é útil no tratamento, no diagnóstico e no fim, reduzindo a depressão, a ansiedade e o que chama de transtorno de ajustamento (quando uma mudança muito violenta dificulta a interação social) .


Esse acompanhamento também dá força aos pacientes que temem, a qualquer momento, a volta da doença.
As visitas ao médicos acontecem a cada três meses no primeiro ano após o fim da doença, diminuindo para intervalos semestrais do segundo ao quinto ano. E, se estiver tudo bem, basta uma consulta anual daí em diante, segundo meu oncologista.


Tudo isso, entretanto, nem sempre basta para afastar o pânico em algumas pessoas como eu. Trata-se de um medo muito comum, que atrapalha a retomada das atividades e causa sofrimento mesmo quando já houve alta. Em geral, a gente fica muito abalado pelas perdas vividas (sociais e até no próprio corpo) e, caso tenha o emocional bem trabalhado, retorna melhor ao dia-a-dia e percebe que sempre há chance de fazer novas escolhas e recomeçar .


O segredo para ter sucesso na retomada é cultivar a paciência. A gente passa a se cuidar mais e a levar uma vida mais saudável. Muitos pacientes admitem que o câncer serviu como um marco, provocando uma reavaliação dos hábitos e dando o pontapé necessário para uma rotina física e psicológica mais equilibrada e eu concordo.


Estou vivendo esse ajustamento, não está sendo fácil. O bom é que meu apetite melhorou, aproveito e para começar academia com a ajuda de uma nutricionista para ganhar peso. Perdi 14 kgs com o tratamento. Hoje peso 40,2 kgs. Legal também é olhar no espelho e ver que meus cabelos não me abandonaram.     


"A dor é temporária, pode durar um minuto, uma hora, um dia ... mas em algum momento ela passa e outra sensação toma o seu lugar, mas se eu desistir a dor fica para Sempre!"

“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.”

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Algumas maneiras de vencer o Câncer



Antonieta Barbosa, mulher determinada, formada em direito, exercia cargo público em Pernambuco e possuía um sonho comum: aposentar-se e exercer a profissão de advogada. Até que no fatídico ano de 1998 seus sonhos foram obrigados a mudar. Essa mudança poderia por fim ao seu sonho, mas onde a fraqueza predominou, encontrou forças.

Mãe de três filhos e filha caçula de uma família de cinco irmãos, teve seu momento de desespero e depressão quando descobriu que estava com um câncer de mama. Passou por uma “Mastectomia” (procedimento cirúrgico para remoção completa da mama), fez quimioterapia e radioterapia, mergulhou em uma depressão que durou aproximadamente um ano e começou a frequentar  o GAAPAC – Grupo de Apoio e Auto-Ajuda ao Paciente de Câncer em Recife – e foi nesse lugar que conheceu pessoas com problemas similares ao seu.

Ao ouvir relatos desesperados como, por exemplo, pessoas que não tinham condições financeiras de manter o tratamento adequado e, para isso eram obrigadas a vender seus poucos bens para a compra de remédios, ou ainda, o relato chocante de uma senhora que chegou à reunião procurando um pouco de apoio após ouvir do médico o seguinte diagnóstico: “Os resultados de seus exames deram positivo para câncer, na próxima semana arrancaremos os seus peitos!”, fez com que Antonieta encontrasse a força interior que a ajudou durante o tratamento e que agora, através de seu livro “Câncer - Direito e Cidadania”, ajuda muitas outras pessoas.

A ideia do livro, que está em sua 12ª edição, teve seu início através de folhetos que esclareciam sobre as leis e os direitos que os portadores de doenças como o câncer têm. Antonieta sem nenhuma ajuda financeira, confeccionou e distribuiu esses folhetos durante as reuniões dos grupos de apoio, essa ação que até hoje é feita pela advogada tomou grande proporção e, além do livro ela realiza palestras por todo o país.

O livro “Câncer - Direito e Cidadania” é hoje considerado um guia destinado aos portadores de doenças graves e mutilantes como o câncer, aos familiares, advogados e médicos. Com uma extensa lista de dicas e até modelos de requerimentos para questões jurídicas, a obra tem sido referenciada em petições iniciais e até em decisões judiciais proferidas por juízes nos tribunais do país.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Workshop mostra que autoestima é arma para vencer o câncer

Segundo coordenadora, intenção do encontro é levar a mulher se amar (Foto: Fernando Rezende)
Olhar a vida com um viés positivo. Esse foi o objetivo de um workshop que ocorreu ontem, no Parque Campolim, para pacientes com câncer e seus familiares. Fruto de parceria entre o salão de beleza HD Hair e a entidade de ação social Grupo Andanças, o “Dia do Amor Próprio – Uma Tarde de Beleza e Acolhimento” ensinou alguns cuidados e dicas para as pacientes se sentirem bem, valorizando a autoestima.

“Queremos mostrar tudo o que se pode fazer para a mulher se amar, já que o tratamento do câncer faz a pessoa ficar debilitada”, conta Elisa Neiva Vieira, psicóloga especializada em psico-oncologia e coordenadora do Grupo Andanças, formado há três anos para acolher pacientes em tratamento com quimio e radioterapia. Ela diz que os efeitos do tratamento são cruéis com a autoestima das pacientes, pois causam, por exemplo, a perda dos cabelos. O evento faz parte das atividades do grupo, voltado a levar testemunhos e promover ações na comunidade relacionadas à prevenção e tratamento do câncer. 

Segundo Henê Lambert, dona do salão e parceira do projeto, essa fase do tratamento traz muitas dúvidas relacionadas à autoestima. “É muito importante compartilhar dicas de beleza para o bem-estar dessas mulheres”, afirma. No workshop, as mulheres puderam aprender, entre outras orientações, cuidados com as unhas, sobrancelha definitiva para atenuar os efeitos do tratamento, ou o uso de lenços ou turbantes.

VIDA NORMAL – O equilíbrio da imagem que fazia de si própria permitiu à Izildinha Fornaziero, 54 anos, levar uma vida normal mesmo após a descoberta da doença, há quatro anos. “Foi um susto, mas eu estava bem amparada, e continuar me achando bonita, me maquiando, trabalhou minha autoestima e me fez superar o câncer”, recorda-se. Ela conta que continuou tendo suas atividades rotineiras, como ir ao shopping ou a eventos.

GRUPO ANDANÇAS – O Grupo Andanças se reúne uma vez por mês, com a proposta de desmistificar os medos que os pacientes sentem desde o processo de quimioterapia e radioterapia até a alta médica, através da troca de experiências entre pacientes, ex-pacientes, médicas e psicólogas. 

domingo, 20 de novembro de 2011

Quais os sintomas claros de suspeita de câncer?

Quando o câncer de mama causa sintomas ele provavelmente já não está em uma fase muito inicial. Assim, a mulher não deve esperar pelo aparecimento de sintomas para procurar o mastologista. Faça isso regularmente, anualmente, mesmo sem sintomas.
Um erro freqüente que se comete é achar que só correm riscos de ter câncer de mama, as mulheres que tem outros casos na família. Na realidade, o câncer de mama transmitido por alterações genéticas familiares corresponde a menos de 10% do total de casos. Ou seja, mais de 90% das mulheres que surgem com câncer de mama, não tem história familiar suspeita.
Aquelas que apresentam uma história familiar de risco (parentes de primeiro grau, principalmente, mãe ou irmã com câncer de mama surgido antes do período de menopausa) deverão se submeter a um acompanhamento mais rigoros
Colaborador: Dr. Geraldo Sérgio Vitral, Juiz de Fora, MG